Final Countdown

13 de junho de 2016
Estar noiva foi uma experiência no mínimo invulgar. Sempre disse que não queria ficar noiva muito tempo, porque corre o boato que se fica maluquinha. Mas, apesar de dar muito trabalho preparar um casamento e de haver muita emoção envolvida, foi o melhor ano da minha vida e já estou nostálgica de estar a acabar (embora esteja ansiosa pelo grande dia, claro). Já seria de esperar que estar noiva fosse diferente e especial, mas da teoria à prática vai um loooongo caminho. É algo que não dá para imaginar.



Começa tudo com o pedido, que é um momento absolutamente surreal, por muito simples que seja. Parece que entramos numa realidade paralela. Pelo menos no meu caso, que não desconfiei de absolutamente nada (as minhas amigas estão a ler isto e a pensar "normaaal, és uma aluada"). Realmente é muito fácil fazerem-me uma surpresa. O A. preparou um fim-de-semana romântico em Espanha, mas não me pareceu nada fora do comum. Conseguiu surpreender-me, sem dúvida nenhuma, tendo em conta o momento de histeria que se seguiu. Mas desde aquele primeiro instante, em que temos as lágrimas com vida própria a escorrerem pela cara abaixo, sentimos que algo muda. E é uma sensação tão, mas tão boa.

Depois vem a parte em que andamos de anel de noivado no dedo. No início é inevitável passarmos o tempo a admirá-lo, a rodá-lo, a tirar selfies com ele... Do género "my precioussss". A verdade é que aquele anel nos dá uma espécie de injeção de confiança e auto-estima. Sentimos-nos imensamente felizes. Afinal, agora sim, há a certeza que a pessoa que temos ao nosso lado quer efetivamente passar o resto da vida connosco. Sim, porque é tudo muito bonito, "ah e tal, quando casarmos isto e aquilo", mas é quando acontece o momento oficial da abertura da caixinha, que tudo se torna real. Eu nem queria acreditar quando me virei para o A. e ele tinha a caixa estendida com um anel maravilhoso. Uma esmeralda rodeada de brilhantes. Simplesmente perfeito. Passado uns tempos habituamo-nos ao anel, mas nunca nos esquecemos que ele ali está.

Outra coisa especial e que marcou este ano foi a felicidade da família e dos amigos. Quer quando souberam da notícia (nunca mais me vou esquecer das várias reações cómicas), quer ao longo deste intenso caminho até ao grande dia. Os jantares cheios de gente e com brindes de 2 em 2 minutos, que só estavam à espera de um motivo para acontecerem. Os encontros e chamadas com amigos com quem já não falávamos há algum tempo, e que enchem o nosso coração. As despedidas de solteiro... A verdade é que ao longo destes meses a nossa vida foi preenchida com os gestos puros de quem gosta verdadeiramente de nós.

Isto para dizer que estar noiva foi maravilhoso. Não, não dei em doida, porque eu e o A. prometemos que íamos tentar gerir as emoções o melhor possível. Sim, há muito stress e muita ansiedade envolvidos - organizar um casamento é uma coisa complexa e que mexe muito com as emoções, e além disso é a primeira vez que as famílias se envolvem verdadeiramente na relação - mas com calma e bom senso faz-se bem e evita-se discussões desnecessárias. Afinal, são dias felizes, para viver de maneira feliz. Agora que já está a chegar o dia e está tudo praticamente pronto, é tentar relaxar e descansar.


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